O diretor de Goldeneye 007, Martin Holli, contou algumas curiosidades do game na GDC da Europa. Como já havia sido revelado em outra ocasião, o game começou como um projeto de SNES feito por desenvolvedores novatos.
Quando eles decidiram seguir ao N64, havia dúvidas sobre como seria o controle do novo console. Rumores na época indicavam que haveria uma alavanca analógica e isso permitiu que o jogo largasse o conceito on-rails de Virtua Cop e permitisse que Bond fosse plenamente controlado.
E talvez o aspecto mais marcante de Goldeneye – seu multiplayer – só foi incluído no último minuto e meio que ‘na correria’, em cerca de um mês. Executivos da Rare e da Nintendo só souberam desse modo no fim do desenvolvimento. Mesmo com 3 anos de produção e atrasados na entrega, esses verdadeiros heróis decidiram adicionar a disputa com outros jogadores e foram responsáveis por algumas das melhores memórias de vários gamers.
É, pelo jeito não somos os únicos a gostar ainda de jogos antigos...
Recentemente a Disney divulgou o trailer de sua nova animação: Detona Ralph, ambientada no universo dos Arcades e consoles das décadas de 80 e 90
Na trama, Ralph (voz de John C. Reilly) é um vilão de um jogo de videogame que está disposto a provar que também pode ser um mocinho. Seu objetivo é ser tão adorado quanto seu adversário de jogo, Fix-It Felix (voz de Jack McBrayer). A oportunidade surge quando ele descobre um jogo em primeira pessoa comandado pelo Sargento Calhoun (voz de Jane Lynch). Ralph invade o jogo cheio de boas intenções, mas acaba arruinando tudo ao libertar um inimigo mortal que põe em risco todos os outros games. Surge então a jovem encrenqueira Vanellope von Schweetz (voz de Sarah Silverman), para ensinar o verdadeiro significado de heroísmo.
A animação terá particiações de personagens ilustres do universo dos games (como o Bowser do Mário e o fantasminha do Pac-Man).
Com direção de Rich Moore (vencedor do Emmy por seu trabalho em Os Simpsonse Futurama), Detona Ralph estreia em janeiro de 2013 no Brasil.
Depois de muito árduo trabalho veja a seguir nossa primeira matéria especial:
Muita gente acha que a era dourada dos 16-bits, começou com o Megra Drive seguido pelo Super Nintendo, mas estão errados. Já ouviram falar no PC Engine?
Design simples e compacto: esse era o PC Engine
Lançado pela empresa japonesa NEC (famosa no Japão pelos seus computadores domésticos) em 30 de outubro de 1987, é considerado o primeiro console doméstico de 16-bits (na verdade sua CPU principal era de 8-bits - igual ao NES - e sua placa gráfica - PPU - era de 16-bits). Foi um sucesso de vendas no Japão, mas não conseguiu alcançar grandes vendas fora das terras orientais devido ao dominio do NES no ocidente (mas com certeza fez a Big N ficar preocupada!). O PC Engine conseguiu garantir uma grande biblioteca de jogos de qualidade e milhares de fãs pelo mundo.
O PC Engine se diferenciava de seus concorrentes pelo seu design moderno e compacto, sua mídia para armazenamento dos games também era muito diferente do padrão "cartunho" e muito menor que os dos NES: eram o Hu-Cards, pareciam cartões de telefone (só que ligeiramente mais volumosos). Basicamente os Hu-Cards eram uma versão mais atualizada dos BeeCards, algo muito similar feito pela softhouse Hudson para o MSX (NOTA: A Hudson também fez os Hu-Cards), mas isso é história para outra matéria.
Realmente, o PC Engine estava muito a frente de seu tempo, ganhava em design e potência, mas ainda havia algo que não tinha sido explorado: o CD.
Em 1988 NEC resolve lançar algo que abalaria o mercado dos games: Um acessório, que acoplado ao PC Engine, permitiria que este rodasse os jogos a partir de um cd-rom. Este era o PC Engine CD Interface Unit.
PC Engine Interface CD Unit
O mercado ficou bastante abalado, pois até então a mídia CD era algo não tão popular e geralmente usado na gravação de músicas, fazendo com que o PC Engine fosse o primeiro console a ler CD na história.
A qualidade dos games lançados em CD eram enormes em relação ao games do NES e dos Hu-Cards. O trabalho sonoro e visual era grande, fazendo muitos gamers babarem ao verem jogos como Altered Beast e Castlevania Rondo of Blood.
No Japão o PC Engine havia alcançado o status máximo de glória, mas ainda havia muito chão pela frente: um dos maiores mercados ainda não havia sido conquistado: os Estados Unidos.
Em 1990 a Nec resolve penetrar no mercado americano, levando o PC Engine com um design diferente e outro nome: TurboGrafx-16.
TurboGrafx-16
A situação da NEC e seu console não foi tão boa no ocidente. Mesmo usando propaganda agressiva e uma biblioteca de games razoavelmente boa, suas vendas não conseguiram decolar em relação ao Mega Drive que havia sido lançado no mesmo ano (com 16-bits e uma potência maior), usando um slogan bem agressivo "The REAL 16-bits console!" (O verdadeiro console de 16-bits!). O console da Sega havia caido no gosto do público com seus jogos de esportes, luta e o ouriço azul (Sonic!).
E só para piorar a situação do TurboGrafx-16 a Nintendo também lança seu console de 16-bits, o Super Nintendo, fazendo com todo o mercado mundial (até o Japão) se esquecesse do PC Engine e se focasse com o Mega Drive e Super NES.
Em resposta ao Super Nintendo e Mega Drive, a NEC resolve dar sua última cartada: O SuperGrafx, um console similar ao PC Engine (compátivel com todos os jogos deste inclusive em CD) só que com uma arquitetura (CPU e PPU) totalmente em 16-bits.
SuperGrafx: robusto e potente, mas não decolou.
O SuperGrafx era muito mais potente que seus concorrentes, possuía um design robusto e imponente (similar ao TurboGrafx-16) mas não decolou devido ao domínio da Nintendo e Sega no mercado mundial, que aquela altura era enorme.
O SuperGrafx acabou esquecido em muito pouco tempo, tendo apenas cinco jogos lançados, fazendo dele e seus games um item muito (mas muito!) raro de colecionador, pois poucas tiragens foram feitas.
A NEC lançou outros modelos do PC Engine: alguns portáteis (e muito raros de serem achados, como o PC Engine LT) e modelos com o CD acoplado nele.
Após a entrada dos games na era 32-bits, a NEC, em uma tentativa de recuperar o prejuízo que teve na geração passada, lança o PC Engine FX, um console em 32-bits, mas devido a pressão do mercado na época (principalmente a Sony e o seu PSX), o console nasceu morto - poucas vendas e jogos.
Por mais que o PC Engine não tenha sido tão popular, deixou milhares de fãs pelo mundo e também muitos jogos de qualidade. Só não conseguiu se manter no mercado pois a pressão naquela época era muito grande, mas jamais deve ser desmerecido e considerado inferior - pois ele não era.
E ai? O que acharam? Quais são os seus melhores jogos do PC Engine? Não deixem de comentar e expressar sua opinião aqui embaixo!
Inaugurando a série: "Especial do Mês" irei apresentar dois reviews: A história de um console pouco falado mais muito importante e que carrega milhares de fãs - o PC Engine - e, um game aclamado pelos seus gráficos, enredo e música bem trabalhado - Prince of Persia 2: The Shadow and the Flame criado pelo aclamado Jordan Mechner! Em breve, aqui no Old School Players - preservando o passado em primeiro lugar!
Essa dica pode já ser meio velha, mas para quem não conhece ai
vai a: Recentemente "achei" na biblioteca (o biblioteca ruim aquela...) do meu curso o livro "Jogos
Eletrônicos - 50 anos de interação e diversão" escrito por Daniel
Gularte. É um livro muito interessante para nós da velha escola, fala sobre a origem dos jogos eletrônicos, seus períodos, consoles e inclusive dá dicas sobre games antigos que talvez não tenhamos jogado ainda (afinal, são muitos!). É realmente muito legal de ler.
O livro lançou em 2010 e foram tiragens limitadas, porém pode ser achado ainda na internet (sites famosos como submarino, americanas, etc.), ou livrarias e sebos (principalmente na Liberdade!).
Gostei tanto do livro que resolvi comprar ele. Achei nas Americanas.com por R$ 30,00. Ai vai a dica para quem se interessa por história (e games!).
Dados do Livro:
Nome: Jogos Eletrônicos - 50 anos de interação e diversão.